Tendências que seguirão avançando em 2022
- Munrá Semijoias
- 28 Mar 24
Dentre as tendências que brilharam no ano que passou e que devem ganhar ainda mais força no próximo ciclo, destacamos as atividades de BaaS (Banking as a Service) e FaaS (Fintech as a Service).
À medida que ficou claro no mercado que uma das formas mais rápidas e efetivas de se embutir novas soluções financeiras em empresas de diferentes setores é através da utilização de parceiros especializados por meio de ofertas modularizadas (movimento batizado de embedded finance), é possível afirmar com segurança que ainda há muitas oportunidades a serem desbravadas e muito trabalho a ser feito nessa frente.
Fintechs que atuam nesse segmento (como a Swap, Pismo, Hash, Fitbank e Pomelo) receberam somas consideráveis de investimentos em 2021 para seguir desenvolvendo e entregando a infraestrutura necessária para companhias que buscam acelerar seu processo de “fintechzação” ou ganhar agilidade no lançamento de novos produtos.
Um processo de consolidação nessa vertical parece inevitável e grandes players começam a emergir, inclusive ambicionando plena expansão pela América Latina e IPO internacional muito em breve, como no caso da Dock. A competição irá se intensificar, pois tantos bancos médios quanto grandes bancos já passam a olhar o BaaS como uma atividade cada vez mais estratégica, devendo ampliar sua atuação em 2022.
Se por um lado temos o movimento do "embedded finance”, do outro temos a tendência do "beyond banking", onde bancos e fintechs expandem seu portifólio para além do universo financeiro, agregando soluções que vão desde marketplaces até ofertas que aprimorem o estilo de vida do usuário. Aqui no Brasil um dos players pioneiros na estratégia "beyond banking" (que alguns chamam de estratégia "superapp") foi o Inter, seguido de outros players como o Banco Next e o Nubank.
Parece que esse é apenas o começo de um movimento que ainda transformará bastante a forma como enxergamos os bancos e as fintechs daqui por diante, algo que fomentará o desenvolvimento de novas plataformas e ecossistemas, nos levando a uma nova lógica financeira.
Voltando os olhos para mais oportunidades relacionadas a infraestrutura, não podemos deixar de falar dos negócios que estão mirando o potencial do Open Finance e do Pix no país. Companhias que visam tanto auxiliar outras empresas no desenvolvimento de novas soluções e experiências baseadas em dados financeiros abertos e pagamentos instantâneos, quanto aquelas que buscam entregar uma plataforma que permita o fácil acesso e gestão de suas atividades dentro da realidade regulada, devem ganhar destaque.
Nesse cenário, encontramos players como Belvo, Quanto, FinanSystech, Klavi, Sensedia, Pluggy, Tecban, FCamara, dentre outros. A demanda de negócios é gigantesca e não seria surpresa se víssemos o surgimento de um novo unicórnio latino-americano nessa vertical já em 2022, bem como algumas aquisições por parte de incumbentes ou players internacionais interessados em ganhar terreno rapidamente na América Latina.
Amarrando as tendências anteriores, encontramos a necessidade de atender as expectativas de consumo dos clientes atuais através da hiperpersonalização (via entendimento profundo dessa massa de dados) e da entrega de serviços contextuais, o que tem sido chamado de contextual banking, algo que deverá ser incorporado por diferentes players do mercado através da utilização de fintechs especializadas no tema (como a canadense Flybits) ou por meio do desenvolvimento interno de tecnologia.
Fonte: Exame
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